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Urso polar em Copacabana
1 - Raízes
Season 1, Ep. 1
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Antes de tudo veio o verbo,
antes de mim veio o amor,
antes da sensação, a dor;
problemas da vida
que fez a minha;
no meu peito ainda te verei sozinha;
o que mais me assombra,
perder meu maior acalanto
chorar o meu pior pranto
ver o seu sorriso virar sombra
jamais desistirei de ti
não importa o que passar
não importa o lugar
serei o teu “aqui”
já fomos parte do mesmo corpo
estarei contigo até o último sopro
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2. 2 - Epitáfio
00:15||Season 1, Ep. 2Onde o tempo é memória,onde do passado só resta a glória,onde a estória tem seu fim,é o lugar em que te perguntas,“o que vai ser de mim?”3. 3 - Tempo que passa
00:33||Season 1, Ep. 3O tempo passa,dias se vãoe eu fico aquiséssil, inútil O tempo passa,meses se vãoe eu fico aqui,nada a fazer,desperdiçando o que depois me faltará O tempo passaanos se vãoe eu aqui,não vivendo o presente,vivendo um pré-futuro O tempo passamaldito, benditotemponão adianta exaltarnão adianta ofenderele passa,indiferente ao nosso querer4. 4 - There was a bridge
00:29||Season 1, Ep. 4Over here there was a bridge,now there is just a riverand the water brings memories,the laugh, the jokes, the playing time, the fun,the happiness Over here there was a bridgewhere kids used to playHappy people, good friends,now they don't know each other anymore Over here there was a bridge,now there isn't anymore5. 5 - Quando eu tiro o chapéu
00:31||Season 1, Ep. 5Eu tiro o chapéu,quando eu tiro o chapéuEu tiro o chapéu para as bonitas,para as feias,tiro os óculos Eu tiro o chapéu para as que me encantame as que encanto me tiram o chapéu Tiro o chapéu para os que passam,tiro para cumprimentarTiro o chapéu para os que se foram,tiro para aliviar o pesar Tiro o chapéu depois do trabalho,tiro o chapéu depois da praia,tiro para descansarTiro o chapéu para me deitar no balanço,tiro quando me canso,tiro para não ter que tirar6. 6 - Eu canto
00:40||Season 1, Ep. 6Eu canto, porque acho bonito o meu cantoCanto com plateia ou a sós,Canto que é para fazer durar o encantoda minha voz,que não para mais de cantarE por isso, eu canto o meu pranto,que é para não chorar Pois quando canto,não sei se todos os meus males espanto,se os consigo afastarMas parece que quando canto,vem me salvar um santo,é sensação de bem-estar Canto,porque é de cantoque eu vou chegarAonde? Eu não seiAo seu coração?Ao infinito do céu?Ou ao azul do mar?Canto porque a vida é cruel,mas não me nego boa emoçãoCanto uma estória que eu inventeiCanto para minha vida não ter que contar7. 7 - Intercedido
00:40||Season 1, Ep. 7Pelo respiro duma brisa de outono,fui a janela para reavivar a mente;vi os pardais e as rolas a ciscar no chão,o vento a abalar as palmeiras;por alguns segundos pensei no vazio da vidae depois dediquei-me a recordar a nostalgia doutras tardes já passadas,compreendi que ando a contar os dias,refleti sobre minha incapacidade de administrar o tempo O vento é como o cronos,leva o que pode carregaraos confins da percepção ocular;o passado, o futuro,são dois horizontes que me têm intercedidoe ora me parecem tão longínquos...8. 8 - Ultrassom testicular
00:22||Season 1, Ep. 8Quando com um rolofez-se o sinal da cruz na origem dos homens,ao som dum doce axé fervoroso,descobriu-se as esbregosas curvas da civilização;o incômodo tem insólito respiroe o fim carece de elogio,a nossa despedida é mera congratulação9. 9 - A cientista
00:28||Season 1, Ep. 9Cientista,nas horas vagas, artista,e nem é preciso dizer, feminista;luta contra sua figura inocente,pois se deseja vez mais independente;a coisa fica insolventese ele dá de hábitos antigos,se tem alergia dos seus amigos;assim descasca a tintura,cai a moldura,é o fim da novela,na sua vida, uma nova tela