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cover art for Extra - Eu gosto de ser eu mesmo

Trovas travessas

Extra - Eu gosto de ser eu mesmo

Season 1

Eu gosto,

eu gosto,

eu gosto de ser eu mesmo

 

Eu gosto,

eu gosto,

eu gosto de ser eu mesmo

 

Eu gosto,

eu gosto,

eu gosto de ser eu mesmo

 

Quem não gosta de mim

é pessoa de espiritualidade oca,

de ódio fica louca,

e se rasga do cu até a boca

gosto de ser assim,

ter que mudar,

só para agradar,

é o fim,

pensamento de sensatez cru

que todos tomem no meio do cu

não me importo com o alheio tenesmo,

eu gosto é de ser eu mesmo

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  • 1. 1 - Trovas travessas

    00:47||Season 1, Ep. 1
    Ninguém ouviu as minhas obscenidades transcritas,e quem ouviu não pediu mais rimas malditas,mas é um desprazer deixar pelo ar palavras não ditas;por isso trouxe maistrovas travessas,mais um livro de poesias avessas;porque nunca fui poeta de poucosversos escrotos Pela cara de bonitinho,me pintaram um homem certinho,uma tela que rasguei, porque sou um tiro pela culatra,um literato alcoólatraum depravado com sociopatas tendências,com autoestima dum Sultão de Sumatrae um péssimo senso de humor O profano é o sal da minha dor,e no arder da ferida,meu corpo se agita,me debatendo grito indecências aos quatro cantos do mundopara ter um vadio segundo de atençãoantes de voltar a perecer na solidão
  • 2. 2 - Eu gosto de ser eu mesmo

    00:33||Season 1, Ep. 2
    Eu gosto,eu gosto,eu gosto de ser eu mesmo Eu gosto,eu gosto,eu gosto de ser eu mesmo Eu gosto,eu gosto,eu gosto de ser eu mesmo Quem não gosta de mimé pessoa de espiritualidade oca,de ódio fica louca,e se rasga do cu até a bocagosto de ser assim,ter que mudar,só para agradar,é o fim,pensamento de sensatez cruque todos tomem no meio do cunão me importo com o alheio tenesmo,eu gosto é de ser eu mesmo
  • 3. 3 - Eis a malícia

    00:25||Season 1, Ep. 3
    Quando se vê pelas esguelhasas safadas brincadeiras;sobre os pássaros e as abelhas,os pais e as copeiras,então se descobre;e o coração nobre,agora repleto de malíciaquer antecipar a adultícia,saber o resultado da caríciaquer enfim, provar da impudicícia
  • 4. 4 - Gaveta

    00:46||Season 1, Ep. 4
    Uma operação matemática mal calculada,a instrução equivocadafez-me parar na gaveta errada;a coleção por mim encontrada,era de retumbância exacerbada;não pude emitir sons vocálicos,pasmo em ver aquela sessão de artigo fálicos,quedei-me inferiormente complexado,a cada consolo o tamanho era aumentado,o meu pedaço de carne, pobre coitado,mesmo comparadoa menor das bestas penianas,não apontava sequer proporções medianas Toda essa cena gerou-me grande hesitaçãoà cabeça, intrigante reflexão,“Céus, mamãe tem um bocetão!”
  • 5. 5 - Beijo de carrossel

    00:40||Season 1, Ep. 5
    Naquela noite na varanda amarela,ela,nem feia, nem bela,de Cleópatra fantasiada,desvairada,numa dança efervescente me tascouuma língua invasora que pela minha boca rodopiou,centrifugando como um liquidificadorfez borbulhas de mal amorque não conseguiram me encantar,minha língua, perdidanuma esgrima defensivase viu tonta a girar num carrossel,não sabia o que era chão e o que era céuda bocadaquela louca,minha língua,confusa com um refelxo sem espelho foi dormir bêbada no trilho do aparelhodaquela loucaque deu o meu primeiro beijo na boca
  • 6. 6 - Andressinha Boca-de-lata

    00:57||Season 1, Ep. 6
    Cabulosa conjuntura,embriagado na festa de formatura,um rapaz lhe encochoue você nem se importou,porém ainda não era tempo de mudar de lado,você estava vislumbradopela meninaque tanto lhe azucrina,não a gostosa,mas aquela de beleza duvidosa,de peixe a cara,atiçando a sua ébria tara,de trilho a matraca,mordendo a sua carne fraca;entretanto, o boêmio romanceé perigoso lance,não perdoa sequer o já nocauteado,na fila da cabine de fotos esnobado;o chão envolta de si vomitado,o amigo limpando sua boca;noite de sensatez pouca,a verdade é cortante como uma faca,você foi rejeitadopor Andressinha Boca-de-lata
  • 7. 7 - Silvana

    00:33||Season 1, Ep. 7
    Eu já mamadoconfessei inexistente pecado,fato jamais consumado,ato sequer pensado;na minha cabeça, enorme neblina,disse ter traçado a tia da cantina;estava mui ébrio dessa vez,confundi crepe com arroz piemontês;palavra de bêbado não conta,anui a qualquer questão que se lhe aponta;você se engana se pensa que trepei com Silvana,a minha heresiafoi cometida com a garota da mecanografia
  • 8. 8 - Querosene

    01:15||Season 1, Ep. 8
    Você me tem no seu sonho excitante,ao me ver se arde flamejante,é como querosene,antes que aos seus lábios me condene,num ato de coragem,você me propõe oculta libertinagem,eu não entendo nada,do idioma de sua mania depravada,quando percebojá estou sentindo da sua língua o relevo,na sua boca embriagado,fico sem reação,você é gordasó que é mais gostosa que minha mãofico indeciso, emperradoentre dar por caso encerradoou responder ao ímpeto dos meus 15 anoso qual me consome com a paudurecênciade anseios profanos,a adolescênciaé vida de desenganosterrível apuro,e você é a luzque me conduzpor esse mundo escurovocê é o meu solnão só pelo seu fogo inapagável,mas por ser obesa em proporção incomensurável A fumaça de paiol,minha tosse de cabaço,as veias saltando da pele como fios de aço,deitado na cama reflito,em como ficar desaflito,melhor deixar isso para lá,melhor deixar o tempo passar
  • 9. 9 - Miss cemitério

    00:54||Season 1, Ep. 9
    Artífice do meu mistério,ela, a miss cemitério,verdadeira alegria,da minha primeira noite de boemia,o jeito com que se mexiaacelerava meu coração,sua bunda de tábua rebolando até o chão Amor tão vivo, em mim se fazia,e o que por dentro sentia,pela boca saía,sem que eu pudesse me frear,sensação que não se pode controlar,ansiedade em saber como aquela noite iria acabar Mas o fim veio com um beijo selado,de sabor marcado,celebrando a ocasião,para coroar minha desvirginação,um amor para se entregar e se esquecer da afliçãonem mesmo o resquício de vômito no paladarpôde estregar aquela noite de paixão